O pensamento sobre a arte de Atuar. Sou Cineasta, Assistente de Direção, Preparador de atores. Amo vê-los atuarem, se entregando, se jogando em seus personagens. Parabéns a todos os atores do Mundo. O que seria dos Cineastas sem vocês.
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quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014
Menos é mais
Jack Lemmon sobre trabalhar com o Cineasta George Cukor: "Cukor sempre me pedia para não "Atuar". Eu retrucava ele, dizendo que isso não era possível. Mas Cukor insistia, pedia para eu fazer menos, muito menos. Eu dizia: Se eu fizer menos, eu não estarei fazendo nada! E Cukor respondeu: É exatamente isso o que eu quero!"
Para o Ator, é muito importante saber que, ao entrar em um palco ou estar prestes a rodar uma cena de um filme, que ele esteja conectado ao seu Personagem.
O Ator deve "viver" o Personagem. O Personagem deve pegar emprestado todos os recursos que o Ator lhe propicia ( corpo, voz, memória, emoções) e ver o que ele pode aproveitar. Recriar, reconstruir. O Personagem não é o Ator. O que ele "Personagem" pensa, age, retruca, não ter nada a ver com o Ator.
Por isso é fundamental ao Ator descobrir através da leitura do roteiro e do seu entendimento, e nas conversas com o Diretor, quem é esse Personagem. O que ele faz, qual a sua origem, as suas ambições, as suas relações com as outras pessoas, até mesmo o que come, bebe veste. As provas de figurino, de maquiagem, a leitura de roteiro, tudo tem que ser revelador para o Ator. Ali ele se redescobre, ele se conecta com o Personagem.
Já ouvi relatos de ator que não conseguirem enxergar o Personagem durante a realização de uma cena, e tiveram que repetir a cena inúmeras vezes a pedido do Diretor, pois o Personagem não estava lá. Quem estava presente era o Ator.
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